segunda-feira, 16 de maio de 2011

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

NÃO ACREDITA EM PAPAI NOEL? QUE PENA!!

Esta é a foto de um presente especial que a equipe da Síndrome do Amor recebeu da
amorosa Maria Lucia e sua sobrinha Luciana. E uma guirlanda de balas!

Nesses dias, tenho acompanhado minhas netas Sophia e Helena na ansiedade pela chegada do Papai Noel. Para elas esse é um acontecimento de grande relevância. Muda a rotina, dá dor de barriga, existe uma preocupação especial com o comportamento porque esse é um velhinho que conhece a fundo os passos de todas as crianças e, mesmo sabendo que não somos perfeitos, ainda nos traz presentes. Pedimos o que desejamos, mas ele só entrega o que é possível. Entendemos que são muitas crianças esperando, sonhando. Somos felizes com isso! Quanto aprendizado nessa história!!
Foi assim que percebi que voltei a acreditar em Papai Noel! Não são mais bonecas, bicicletas, brinquedos que ele me traz, mas alegria, fé e coragem. Neste ano, me trouxe novas esperanças, reconhecimento, a possibilidade de ser eu mesma, de restaurar a confiança nas minhas escolhas, de conviver com verdadeiros amigos e a oportunidade de vislumbrar o amor de novo. Por fim, me fez persistir no compartilhar a experiência de não resistir à dor aceitando-a como mais um episódio da vida de qualquer pessoa.
Para Papai Noel não importa se fui "boazinha" porque, desde sempre, soube que não existe ninguém que seja só bom ou mau. Mesmo assim, ele nos dá uma, outra, mais uma, duas, milhares de chances de sermos melhores. O meu Papai Noel de adulta me mostrou o frio das sombras, da solidão, do desapontamento, da decepção para em seguida me provar que tudo volta a brotar e nascer novinho novamente e ainda mais forte, basta que a gente nunca deixe de acreditar e jamais se permita perder as esperanças.
Agora, já avó, percebi que esse símbolo existe há tanto tempo e permanecerá por muitas gerações porque é uma forma de nos lembrarmos que existem presentes em tudo, a todo momento, todos os dias.
Não deixe de acreditar em Papai Noel! Ele é a gente se perdoando e seguindo em frente.
Feliz Natal com muito amor!
Marília

sábado, 30 de outubro de 2010

SUCESSO É AMAR E SER AMADO

Thales com seu primo Leonardo curtindo uma preguiça


Nem é preciso mais dizer que vivemos a Era da informação. São tantos estímulos, tantas fontes, tanta gente podendo falar o que pensa, incentivos à comunicação.
No meio desse oceano de mensagens faladas, escritas, há sempre um forte objetivo em comum: Procuramos o sucesso, queremos dar certo.

Simples? Não, nada simples. Vamos tomar como exemplo o sucesso profissional. Acreditamos, ou somos levados a acreditar que através dele vem no pacote o sucesso afetivo, familiar, as realizações todas. Será?

É curioso abrir revistas que ensinam as pessoas a conquistar o sucesso profissional. A cor da roupa que devem usar na primeira entrevista, o que dizer, o que não dizer, o lado, o jeito de olhar. O examinador, com todas essas dicas estará em frente de um ser perfeito que não demonstra fraqueza, nem constrangimento ou ansiedade. A contratação de um verdadeiro robô. Será que é de um profissional não humano que o chefe, o cliente precisam?.

A Psicologia cresce em busca de uma forma das pessoas reencontrarem e fazerem as pazes com a sua própria emoção cada vez mais embotada, cada vez tomamos mais antidepressivos, mas...fazemos sucesso.

Minha conclusão é talvez um pouco romântica, mas SUCESSO É AMAR E SER AMADO. Isso parece fácil, mas não é porque amor não é essa coisa enluarada que a gente pensa.
Hoje faz 5 anos que meu filho Thales foi brilhar no céu. Ele nunca leu uma revista VOCÊ S.A., nunca entrou na Internet, nunca pronunciou uma só palavra, mas é um cara de sucesso.

O Thales amou seus irmãos, as pessoas, a voz da cantora Maria Rita. Com sua vontade de viver “APESAR DE” conquistou médicos, enfermeiros que cuidaram dele com dedicação humana e amorosa. Com seu olhar, motivou sua mãe, eu, a contar sua história e ser feliz com a vinda dele, ainda que curta e um tanto dolorosa. Dor se cura com amor.

Repito, SUCESSO É AMAR E SER AMADO e para isso não há regras. Cada um tem seu tempo de amadurecer, de se entregar e principalmente se desprender a ponto de viver o amor de forma incondicional.

Quando a gente ama assim é capaz até de deixar ir...

Feliz dia do Amor Incondicional para você!

Bjs com carinho,
Marília


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O Redundante Amor Incondicional - 30 de outubro

Amancay - a flor do amor incondicional


A palavra AMOR já diz tudo, se amamos não pensamos em condição alguma. Amamos e ponto.  Pelo menos teoricamente.
Esse sentimento é ligado ao perdão, à aceitação, ao respeito e quem consegue nutrir tudo isso pelo outro, ama de fato. Mas, na prática, a coisa funciona meio diferente. A gente se ama primeiro e para ser feliz precisa prioriza nossos valores e vontades. É bíblico, “ama o teu próximo como a ti mesmo”. Primeiro nós, aí aprendemos na pele, depois os outros não é pecado...
Mesmo assim, amor é incondicional por definição e constatação, o que é condicional é o permanecer juntos.  Há pessoas ou até coisas que a gente ama,  mas não consegue conviver, ou não pode, perdoa, mas prefere não ver mais, então, não que o amor acabe, mas optamos pela não convivência. Se houve amor, ele não se acaba, pode até se transformar, justamente porque não conhece a morte de si mesmo, é imortal.
No caso de uma criança especial,  somos desafiados a viver o amor incondicional na sua forma mais verdadeira. Inicialmente a gente não quer ver, não quer aceitar, não quer o filho daquele jeito, mas não há outra mãe, outro pai. Não dá pra devolver um filho ou fazer uma doação, assim, apenas porque tem características que a gente não gosta. Dói, dói, mas como todos os amores esse também vai se construindo devagar e forte! Para mim, Deus escolheu algumas pessoas para “degustar” a forma mais genuína de amar e o gosto é amargo de início, e como.
Para compartilhar experiências com pessoas que provaram essa forma pura de amor, a Associação Síndrome do Amor vai comemorar o Dia do Amor Incondicional. Dia 30 de outubro, no primeiro minuto, publicaremos um vídeo no Youtube com uma linda história de amor. Pedimos que a espalhem para seus amigos, conhecidos, parentes e juntem-se a nós nesse grande prazer em apoiar pessoas que desesperadamente precisam aprender o amor incondicional na sua totalidade.
Contamos com você nesta corrente de amor! Dia 30 de outubro, doze horas e um minuto em todas as redes sociais, Facebook, Orkut, Twitter, Youtube e no site www.sindromedoamor.com.br
Obrigada!
Com carinho,
Marília

Em momentos de dor, lembre-se de quem você ama

Helena e Sophia - amores que aliviam tudo

 Pesquisadores descobriram que estar apaixonado não apenas alivia a dor física, como ajuda a bloqueá-la antes de chegar ao cérebro


O amor ajuda a aliviar as dores da vida, até mesmo literalmente. Estudo do departamento de anestesia da Universidade de Stanford comprovou que estar apaixonado pode inibir a dor por ativar fortemente áreas de recompensa do cérebro.

Funciona mais ou menos assim: o centro de recompensa é ativado durante experiências prazerosas, como o amor e o sexo. Em seguida, eles se comunicam com estruturas do cérebro que controlam a dor. Estas estruturas enviam mensagens à medula espinhal que bloqueia a dor antes mesmo de ela chegar ao cérebro. "O amor pode impedir que a dor se manifeste antes mesmo de ela chegar ao cérebro. É por isso que as pessoas sentem menos dor quando estão apaixonadas", disse ao iG o professor-assistente Jarred Younger, que participou da pesquisa.

Os cientistas acreditam que este sistema fosse chave para a sobrevivência. Os animais deveriam ser capazes de perseguir metas importantes, mesmo se eles estivessem sentindo dor. "Assim, o sistema ajuda a prosseguir objetivos importantes, reduzindo as dores sentidas", disse.

Tanto o amor, analgésicos e drogas como cocaína envolvem a mesma área do cérebro, o núcleo accumbers localizado no hipocampo e responsável pela sensação de prazer e euforia. Para comprovar a teoria, pesquisadores recrutaram 15 universitários (oito mulheres e sete homens) para participar do estudo. Cada um deles trouxe fotos de seus namorados assim como de alguém que o atraísse.

Enquanto um aparelho aquecia a mão dos voluntários - provocando dor - as fotos eram apresentadas em flashes para cada um deles. Ao mesmo tempo seus cérebros eram escaneados por ressonância magnética - para acompanhar as vias neurais de recompensa envolvidas com o sentimento da paixão. A dor era descrita como menor nas vezes em que eles olhavam para as fotos de seus namorados.

O estudo pode ajudar a produzir novos métodos para aliviar a dor. Mas é bom ter cautela antes de abandonar analgésicos e sair por aí a procura de um grande amor que alivie o mal estar. "Não há nada que podemos usar para o tratamento ainda, talvez no futuro. É possível que só o ato de pensar na pessoa que você ama pode ajudar a reduzir a dor, ou se lembrar de um tempo bom que passaram juntos", diz Younger.



Fonte: Maria Fernanda Ziegler, iG São Paulo | 14/10/2010

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

E quem ama só o bonito?

Diz o ditado que quem ama o feio, bonito lhe parece...
"As pessoas precisam entender que as crianças com necessidades especiais não estão doentes. Elas não procuram uma cura, apenas aceitação. Esta é a semana da educação especial. Noventa e três por cento das pessoas não vão copiar e colar este texto. Que tal fazer parte das sete por cento e...deixá-lo no seu mural por pelo menos, uma hora?"
Li isso no Facebook hoje. Foi enviado por alguém que disse que recebeu de outra pessoa. Não pensei duas vezes em repassar. Recebi depoimentos de mães de crianças especiais com a mesma sensação de alma lavada que senti.
Quem foi que falou em cura? É por esse conceito que somos desencorajados pelos médicos, abandonados por nossos amigos que não sabem o que dizer, que ficamos sozinhos. Ninguém sabe o que fazer com a gente quando não há "jeito", quando não há cura, nem uma maquiagem, nem uma mentirinha pra amenizar. Mas quem disse que não vamos amar o filho se ele não ficar diferente do que é ou igual a todo mundo? Quem disse que nosso filho é que é o doente?
É por essas que quando se fala em educação especial, em convívio com pessoas com necessidades especiais , eu fico sem sono. Minha cabeça não para de pensar em opções de apoio e mais apoio. E por quê?
Vamos pensar juntos. O desafio é grande! Como é que vamos falar em aceitação de pessoas com necessidades especiais se quando a ruga aparece mandamos um botox, se o peito cai, tome silicone, marido chato a gente troca, quem nos ameaça, eliminamos, quem envelhece, ignoramos? Não aceitamos nem a ação do tempo sobre nós! Não aceitamos nenhum tipo de frustração! Saiu fora do planejamento, fora!
Outro dia fui convidada a dar uma palestra sobre inclusão escolar numa cidade da região aqui de Ribeirão Preto. Expliquei que não tinha experiência no assunto, pois meu filho especial faleceu ainda bebê. Ainda assim fui. Cheguei lá e me deparei com algumas dúzias de professores indignados e se sentindo incompetentes e culpados.
A lei diz que não pode haver exclusão, a criança tem que ir pra escola. Com todo respeito quem fez essa lei nunca viu uma criança especial largadinha no pátio da escola. No mínimo os professores teriam que passar por alguns meses de treinamento e terapia. Existem mais de 6.000 síndromes genéticas, fora deficiências adquiridas em acidentes, por exemplo,  e cada uma exigindo quase que um tipo particular de cuidado. Aí queremos pegar essa realidade e “botar na escola” como se fosse assim...
É muito mais grave. Pra aceitar alguém diferente da gente é preciso se aceitar primeiro. Não há como conviver com quem a gente não conhece, com quem não trata como igual e respeita como diferente, com quem a gente olha e sente culpa." Puxa eu sou normal, super saudável  e ele não é...que mau, que vergonha, que mal-estar..."
Eu sei que a conversa com os professores só foi possível quando falei que seria lindo, perfeito se a gente, de cara, pudesse acolher uma criança que não sabe engolir e por isso baba, que usa sonda, que respira de modo a dar aflição, que não para quieta ou não sai do lugar. Que quem se sentia incomodado com isso, quem queria fugir dessa situação era humano, muito normal, mas precisávamos de mais. Mais porque tudo o que é importante na vida pede esforço e dedicação e isso quase nunca é fácil.
Precisávamos pensar se fosse o nosso filho,  nosso ente querido. Ainda assim seria difícil, mas mais uma vez precisávamos de mais treino, mais uma tentativa, até ver nos olhos dessa pessoa a gratidão pela mão estendida, nos olhos dos Pais o alívio de não estar mais sozinho. E dentro da gente, a alegria de ter vencido nossos próprios e tristes preconceitos.
Amigos, vamos dar passos rumo aos especiais, aos diferentes, no entanto, sem bandeiras de um “tudo bem, eu aceito”  que não é verdadeiro. Na maioria das vezes estamos aceitando algo que imaginamos que vai mudar e não vai. Não é fácil, mas precisamos insistir!! Vamos encarar o tamanho do desafio e lentamente. Não é fácil mas gratificante e possível se estivermos comprometidos em buscar compreensão e informação porque vencer essa batalha será muito mais do que ser politicamente correto ou a garantia de um lugar no céu, mas uma oportunidade única de aprendizado de valores válidos por uma vida toda.
Talvez a gente não tenha tido tempo ainda de verificar que TODOS nós somos diferentes. Que tal deixarmos que essas pessoas especiais nos ensinem isso! Talvez essa seja a NOSSA cura.
Vamos à mais essa luta. Se nos permitirmos refletir ela já está praticamente ganha!
Bjs pra vocês.
Marília

sábado, 2 de outubro de 2010

Quando se fala de amor não existem preferências, todos são iguais. Com esse pensamento nossa associação não está ligada a qualquer religião, partido político, filosofia, doutrina ou ideologia. Respeitamos todas, estendemos as nossas mãos às pessoas, independente disso ou daquilo. Isso é amor incondicional.
No entanto, não podemos nos retirar do mundo. Respeitamos as leis e hoje, como um grupo organizado da sociedade civil, somos beneficiados e prejudicados por regras impostas por homens (e mulheres) que nós mesmos escolhemos.
Amanhã é dia de escolha e sei que muito de nós tivemos que aprender, a duras penas, a lidar com situações que não pudemos escolher. Vamos nos valer então de tudo o que fomos levamos a observar nas nossas crianças especiais para compreende-las e conhece-las e partir para uma boa opção.
Antes de decidir lembre-se que um líder precisa agir levado pela razão e pelo coração num equilíbrio divino (de Deus mesmo). A parte prática se analisa pela sua formação, pelo que fez, pelo que não fez, mas e o coração? Não é com um ecocardiograma...
Nisso somos bons! Analise o olhar, o sorriso, as pequenas reações, a capacidade de ser humilde, se se dar conta que não sabe tudo e precisa aprender muito. Use sua intuição que se aguçou com a vivência com alguém tão diferente e necessitado desse amor que não diferencia nada que é vivo.
Depois disso tudo, peça a Deus que nos ilumine a todos, porque nós, mais do que ninguém, precisaremos de grandes seres humanos ocupando os cargos públicos, pessoas de fato especiais que possam nos ver e a nossos filhos como pessoas normais e iguais.
Boa sorte a todos no domingo e que vençam homens ou mulheres de bom coração.